Ex-membro da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima publicou em seu perfil no Facebook um balanço sobre o que chamou de “maior investigação deste país”.
Junto com o texto, Lima compartilhou uma versão em estilo Studio Ghibli (foto) de uma das fotos que retrataram a força-tarefa responsável por desvendar o esquema de corrupção na Petrobras nos governos do PT, liderada pelo ex-procurador Deltan Dallagnol.
No texto, Lima destaca que os membros da força-tarefa receberam “ameaças e retaliações vindas das mais diversas origens, especialmente daquelas que se dizem supremas e impolutas” e lamenta o destino que as provas colhidas pela operação tiveram no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Lutamos o bom combate”
Leia a mensagem na íntegra:
“Participei da maior investigação deste país, que revelou corrupção não só na Petrobras, mas também em dezenas de outras empresas e órgãos públicos. As provas eram tão escancaradas que só restou ao sistema a saída de anulá-las, fingindo que não existiram. Recebemos ameaças e retaliações vindas das mais diversas origens, especialmente daquelas que se dizem supremas e impolutas. De tudo restou o orgulho de ter ao meu lado não só os melhores Procuradores da República, mas também policiais federais, auditores da Receita Federal e outros funcionários públicos da mais alta capacidade. Aos meus amigos da Lava Jato posso dizer : Lutamos o bom combate e mantivemos a fé de que esse país merece algo melhor do que essa elite política corrupta e seus amigos interesseiros na mídia e nos cantos obscuros da sistema.”
Desmonte
Em março, Lima chamou atenção, em outra postagem, para o fato de que a Transparência Internacional denunciou o Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo desmonte no combate à corrupção, citando decisão do ministro Dias Toffoli na Lava Jato.
Toffoli anulou provas do acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato, entre outras medidas que desmontaram a operação ao longo dos últimos anos.
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